ESCROFULODERMA
O escrofuloderma, também conhecido por tuberculosis colliquativa cutis, é a forma de tuberculose cutânea mais comum em países em desenvolvimento, como o Brasil e em crianças na Índia.
Pode afetar indivíduos de qualquer faixa etária, mas crianças, adolescentes e idosos são os mais acometidos, pois, nessas idades, ocorrem mais falhas imunológicas na contenção de agentes infecciosos.
Atinge a pele a partir das estruturas adjacentes onde a infecção se desenvolveu, como linfonodos, ossos, articulações ou testículos.
O principal sítio são as cadeias linfonodais cervicais. Além desses focos, é frequente a coexistência com TB pulmonar.
A ocorrência de escrofuloderma após a vacinação pelo BCG tem sido raramente relatada.
As lesões podem ser únicas ou múltiplas.
A inflamação intensa leva à formação de abscessos frios, indolores, que crescem progressivamente, fazendo possível diagnóstico diferencial com abscessos bacterianos, metástases tumorais, histiocitoses e hidroadenite.
Com a evolução, são observadas placas purpúricas e ulceradas com posterior desenvolvimento de fístulas e saída de material caseoso. Involução espontânea pode ocorrer e deixar cicatrizes queloideanas, retrações e sequelas atróficas. Lúpus vulgar pode desenvolver-se na cicatriz ou em áreas próximas do escrofuloderma.
O escrofuloderma resulta do envolvimento e lesão da pele sobrejacente por foco contíguo de tuberculose. Geralmente este foco é um gânglio linfático, um osso ou articulação infectada, glândula ou ducto lacrimal, mama ou testículos.
Manifestações clínicas
As lesões localizam-se mais frequentemente nas regiões submandibular, cervical e supraclavicular. Iniciam-se como nódulos subcutâneos eritematosos inflamatórios que fistulizam e ulceram eliminando material caseoso e purulento.
Em geral, são doentes que já têm uma infecção tuberculosa e são, portanto, PPD positivos.
Ocorre mais frequentemente em crianças, adolescentes e idosos.
Por adaptação de Leonardo Ferreira Bianquini - 18/01/2019